quinta-feira, 12 de março de 2015

Próxima parada






Leia ouvindo: Hurt - Johnny Cash 






Tava  ~ zanzando ~ na internet como de costume, até que me deparei com comentários de um amigo falando sobre uma paixão de ônibus. Aquela platônica que a gente sabe que quando a pessoa descer no ponto, que pode ser o próximo ou só no final da linha, provavelmente nunca mais a veremos e me veio na cabeça que a vida toda é isso: a perda do (no)  próximo ponto.
E posso até dizer que doeu. Doeu por saber que tudo que pensei na viagem de ontem já não foi o mesmo pensamento de hoje, parece que os pensamentos estão sendo perdidos
 a cada parada. E o pior, a viagem não para por causa disso; amanhã quando eu estiver nesse mesmo ônibus, não estarei fazendo a mesma viagem, mesmo que o destino final seja o mesmo. É como o pensamento de Heráclito: "Não se pode percorrer duas vezes o mesmo rio"
Só lamento por perder meus pensamentos em meio a essas viagens, não ter ideia do que deixei pra trás e  por não saber o que me espera na próxima parada: Um amor platônico, um baleiro ou um ônibus lotado. 

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